Abril prenuncia ser o mais tenebroso da pandemia, diz Moura

Senador fez a defesa de uma campanha nacional de conscientização sobre a pandemia.
Confúcio Moura sugeriu usar recursos do Senado na campanha.

Assessoria e Blog

Senador de Rondônia defende que o presidente do Senado assuma coordenação nacional da crise sanitária

Ao usar a Tribuna para fazer o balanço das atividades da Comissão Temporária da Covid-19 (CTCovid19), a qual preside, na terça-feira,6, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou que o mês de abril prenuncia ser o mês mais tenebroso da pandemia. Ele mencionou o alerta dos especialistas que preveem até 5 mil mortos por dia e, caso esses dados se concretizem, fica caracterizada a falta de controle da situação.

O senador lamentou que o ritmo das vacinas contratadas não o anima e que o Brasil é dependente de farmacêuticas que, mesmo com datas definidas para entrega, podem atrasar. “Com muito esforço, conseguiremos imunizar apenas o grupo prioritário acima de 60 anos e o dos profissionais de saúde até o final de junho”, disse.

Confúcio Moura disse que apoia as pesquisas de novas vacinas desenvolvidas no Brasil. Segundo ele, é estratégico, como a ButanVac, do Instituto Butantan, e outra da USP de Ribeirão Preto, e ainda desenvolver um parque de produção de imunobiológicos em território nacional.

Sobre o aumento de casos e mortes e das novas variantes, muito mais transmissíveis e agressivas, o senador disse que é necessário investir em pesquisas e o governo brasileiro pode e deve contribuir. “O Brasil deve imediatamente iniciar pesquisas para a inclusão dessas cepas de variantes nas novas vacinas a serem produzidas,” disse.

O senador disse ter feito uma recomendação e a Comissão da Covid endossou, para que o Senado protagonize uma campanha nacional informativa, com orçamento próprio. “Se for possível, liderando com governadores e prefeitos campanhas publicitárias massivas visando à conscientização da população das práticas recomendadas pelas autoridades sanitárias”, asseverou.

Confúcio Moura falou que há caminhos para reduzir a propagação do vírus, não apenas com a conscientização, mas como uma lei seca em que haja quem fiscalize e quem puna aqueles que atentem contra a saúde dos outros, desafiando provocativamente a realidade nesta pandemia.

O senador afirmou ser necessária uma coordenação nacional, sob orientação de alguém que assuma a posição de liderança, realçando que o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) tem todas as condições de assumir o posto. “A história lhe impôs esta condição. Aceite o papel de estadista quando a sociedade sofre e precisa de um líder que as conduza”, estimulou Confúcio.