Conselho de Ética acumula 43 denúncias e representações contra senadores

Nesta quarta, 14, o Conselho de Ética decidiu dar prosseguimento a representações contra senadores.
Senador Jayme Campos, presidente do Conselho de Ética. Foto: Marcos Oliveira.

Depois de bom tempo, o Conselho de Ética do Senado decidiu nesta quarta-feira, 14, prosseguir com a representações contra os senadores Chico Rodrigues (PSB-RR), Jorge Kajuru (PSB-GO), Cid Gomes (PDT-CE), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O Conselho de Ética do Senado acumula 43 pedidos de denúncias ou representações contra diversos senadores, acumulados, segundo seu presidente, senador Jayme Campos (União-MT), desde a pandemia.

O senador Jayme Campos disse que a representação contra Flávio Bolsonaro (PL-RJ) teria a relatoria sorteada. O senador Magno Malta (PL-ES) foi sorteado, mas como é do mesmo partido a sessão fez novo sorteio.

Foi escolhida então a senadora Zenaide Maia (PSD-RN).

Os partidos que apresentaram representação contra Flávio foram o PT, PSOL e Rede ainda em 2020, portanto há quase três anos. Segundo os partidos, o senador tem “ligação forte e longeva com as milícias no Rio de Janeiro.” Mencionaram as investigações envolvendo a prática de “rachadinha”, quando Flávio era deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Ela não foi arquivada.

Chico Rodrigues está no Conselho de Ética após ser flagrado tentando esconder dinheiro na cueca durante operação da Polícia Federal. Quando o fato ocorreu, Rodrigues era vice-líder do então presidente Jair Bolsonaro no Senado e tinha como assessor Leonardo Rodrigues, o Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente. Ele era filiado ao DEM, legenda que fundiu ao PSL para formar o União Brasil, e agora é da base do presidente Lula da Silva, pois está filiado ao PSB. O relator do caso é o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

O senador Cid Gomes (CE) está no Conselho de Ética depois de fazer uma série de críticas ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda em 2019, quando Lira não era chefe da Casa e liderava a bancada do PP. Relator de um projeto sobre a partilha dos recursos pré-sal, Cid reclamava da pressão de um bloco liderado por Lira, chegando a chamar o político de “achacador.” David Alcolumbre (União-AP) foi sorteado para analisar a representação.