Cúpula da Amazônia: representante da FAO descobre o valor da tecnologia para a região

Representante da FAO diz que povos amazônicos devem participar de processos decisórios e não apenas de consultas.
Presidente Lula em Belém: agenda para tratar da COP-30, que será realizada no Brasil em 2025. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Blgo e Agência Brasil

A bioeconomia é a solução para o desenvolvimento econômico da Amazônia, em detrimento de práticas ilegais, e a tecnologia e a inovação devem ser aliadas na construção de sistemas alimentares sustentáveis e para produção de alto valor agregado na região. Essa é a avaliação das autoridades que estiveram na abertura da plenária “Diálogos sobre Bioeconomia Amazônica: Transformação Rural Inclusiva”, que ocorreu neste domingo (6) no âmbito da iniciativa Diálogos Amazônicos, em Belém (PA). 

Para a vice-diretora da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Maria Helena Semedo, a bioeconomia amazônica deve acompanhar uma transformação rural inclusiva e que reconhece o papel dos povos indígenas e das comunidades tradicionais da região. Segundo ela, essas populações devem participar do processo decisório e não apenas ser objeto de consulta.

“Estamos falando do uso sustentável dos recursos da região para a produção de alimentos e outros produtos de alto valor agregado, promovendo a exploração responsável e sustentável dos recursos naturais com o objetivo de trazer benefícios econômicos, sociais, ambientais para a região, mas principalmente para as comunidades locais que muitas vezes têm sido deixadas para trás”.

Para isso, segundo Maria Helena, é preciso desenvolver modelos de transformação sustentáveis e fortalecer as cadeias produtivas. “A pesquisa, a inovação tecnológica, a ciência têm que ser parte de todo o processo de transformação. Se não houver saber, não haverá soluções e inovação”, acrescentou, destacando a importância dos saberes tradicionais e ancestrais nos processos de desenvolvimento.

O evento deste domingo antecede a Cúpula da Amazônia, que será realizada com chefes de Estado da Colombia, Venezuela, Peru, Bolívia e Guiana, sob coordenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao menos 15 ministros de Estado estarão em Belém de hoje, domingo, a 9 de agosto.

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