Curso para operação de drones foca na preservação da Amazônia

As ARPs são utilizadas em atividades de monitoramento de áreas que tem ações ilícitas.
O curso para pilotar drones tem 44 horas, inclui missões simuladas e aborda preparo de voo. Foto: Divulgação.

Ministério da Defesa

O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), integrante da estrutura do Ministério da Defesa, promove seis cursos de operação de aeronaves remotamente pilotadas (ARPs), popularmente conhecidas como “drones”, até julho de 2021. O foco é capacitar servidores de órgãos governamentais para operarem os equipamentos em ações voltadas à preservação da Amazônia Legal.

O curso, de 44 horas, inclui missões simuladas e aborda preparo de voo, produtos cartográficos e boas práticas no uso de aeronaves remotamente pilotadas. A expectativa é formar 50 novos pilotos. “Além das atividades práticas, a capacitação reserva tempo de qualidade ao estudo da legislação aeronáutica, que tem sido cada vez mais exigida dos operadores de drones”, ressalta o instrutor do Censipam, Sargento Darlô Sobrinho.

As ARPs são utilizadas em atividades de reconhecimento e monitoramento de áreas que sofrem algum tipo de ilícito. A ferramenta dispensa pilotos a bordo, sendo controlada por computador, dispositivo digital ou controle remoto, por exemplo. Desse modo, é possível planejar ações de intervenção sem contato com o agente infrator.

“Os drones são reconhecidamente ótimas ferramentas em missões de levantamento. Por sua agilidade e versatilidade, auxiliam na identificação dos ilícitos ambientais como o desmatamento e a mineração ilegais e o transporte irregular de madeira. Além de auxiliar na fiscalização portuária, no controle e monitoramento de enchentes, na confirmação de alvos e até na busca e apreensão de drogas”, explica o diretor-geral do Censipam, Rafael Costa.

Os treinamentos ocorrem de forma rotineira. Apenas este ano, houve três edições, todas no Distrito Federal. As capacitações foram dirigidas a servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), policiais federais e servidores do próprio Censipam. Ao todo, foram capacitados 32 novos pilotos. Em dezembro de 2020, o curso foi ministrado, na capital paraense, para 23 alunos do Comando Militar do Norte (CMN) e do Instituto Evandro Chagas.