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“Defesa vai usar o ‘covardão’ de Lula para tentar salvar Bolsonaro de punição,” diz Ciro Gomes

Ex-governador disse que punição a Bolsonaro tem de ser exemplar, assegurando ampla defesa, para que não se repita, como sempre ocorreu,a tentativa de fazer do Brasil uma República de bananas.
Ciro Gomes: "É indisfarçavel que Bolsonaro tratava de um possível asilo." Foto: Reprodução/TV

Entrevistado pelo Direto ao Ponto, da Jovem Pan, o ex-governador e presidenciável Ciro Gomes disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro está num itinerário “impossível de escapar por ter tentado e ter sido frustrado provavelmente por uma dissuasão internacional do golpe de Estado que encontrou ouvidos generosos nas Forças Armadas,” mas ele lembrou aos entrevistadores que os atos preparatórios para esse tipo de crime são puníveis “salvo se houvesse um arrependimento eficaz.”

Ciro Gomes disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamar Jair Bolsonaro de “covardão” na reunião ministerial do início do mês “será usada pela defesa técnica de Bolsonaro,” e criticou as muitas frases “infelizes” do presidente da República.

“Se sou covardão é porque desisti de levar adiante a coisa, porque fiquei com medo, há uma desistência voluntária. O Lula deu a chave e a defesa técnica vai usar, fazer,” disse Ciro.

Ele fez a defesa de punição exemplar a Bolsonaro, e que o ex-presidente seja preso somente após condenado.

“Nós, amantes do Estado Democrático de Direito, temos que fazer desse procedimento um caso exemplar, dentro daquilo que se chama devido processo legal, assegurar a presunção de inocência de Bolsonaro, vamos dar a ele ampla defesa e assegurar que as provas produzias sejam incontestáveis e produzidas de forma lícita,” defendeu Ciro.

Na sequencia, declarou: “Vamos condenar exemplarmente para que não se repita mais no futuro a tentativa de fazer do Brasil, como eternamente se fez, uma República de bananas.”

Sobre a presença de Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria por dois dias, após a apreensão de seu passaporte, revelada pelo jornal americano The New York Times, Ciro Gomes disse ser “indisfarçável” que Bolsonaro tratava de um possível asilo.

Em tese, segundo disse, o fato ensejaria uma prisão preventiva, mas o ex-governador disse que por ele não ter sido denunciado ainda, há um inquérito em andamento, não é a melhor prática.