O governo enfrentou o corporativismo da polícia e conseguiu rejeitar Destaque do Podemos que estabelecia regras especiais para a aposentadoria de profissionais que exercem atividades ligadas à segurança pública, entre eles policiais federais, policiais rodoviários federais, servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), policiais legislativos, policiais civis, PMs e bombeiros, agentes de trânsito, agentes penitenciários, agentes socioeducativos, oficiais de justiça e guardas municipais.
O Destaque do partido foi defendido pelo vice-líder da legenda, deputado Léo Moraes, que se manifestou explicitamente a favor de aposentadoria especial para a categoria.
Foram 31 votos contra e 17 a favor. Na votação do texto base do substitutivo do relator referente à reforma da previdência, o governo obteve 36 votos, e 13 foram contra.
O líder do Governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo, disse que infelizmente não foi possivel compatibilizar realidade com expectativa, disse que o governo tem em conta a segurança pública e alfinetou a oposição ao dizer que os partidos que dela fazem parte defenderam o “fim da Polícia Militar e atacaram o ministro Sérgio Moro”. “O governo orienta não à emenda”, concluiu.
A Comissão Especial neste momento analisa o total de 17 Destaques. Existem entre eles propostas de mudanças que afetam a aposentadoria de agentes penitenciários.
O relator Samuel Moreira (PSDB-SP) alertou antes da votação que a aprovação do Destaque teria um “ímpacto muito alto” nas contas do governo, e parlamentares contrários ao Destaque disseram que logo logo, caso o texto fosse , aprovado, seria necessário fazer nova mudança.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o presidente Jair Bolsonaro teria sido ingênuo ao tentar regra mais suave para os profissionais da segurança do quadro federal.