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Lessa queria uma área de milícia para chamar de sua, por isso aceitou matar Marielle

Irmãos Brazão ofereceram como recompensa um grande lote de terra para que Lessa desenvolvesse comércio.
Chiquinho Brazão, um dos mandantes do crime, segundo a PF. Foto Zeca Ribeiro.

O relatório da Polícia Federal revela, à página 234, que o ex-policial e miliciano Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes, queria uma área de milícia para chamar de sua na zona oeste do Rio de Janeiro.

“Ele queria explorar a área economicamente sem ter que abaixar a cabeça para outras lideranças,”  diz o documento. Lessa havia sido expulso de Rio das Pedras pelo capitão Adriano Nobrega, a quem ele tinha muito respeito por terem atuando juntos no Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Ronnie Lessa já estava inserido em atividade de milícia há pelo menos uma década, e tinha boa renda como arrendatário de maquinas de musica e exploração de serviços de gatonet em algumas regiões sob controle da milicia e do tráfico de entorpecentes, relata a Polícia Federal.

Na delação premiada firmada com a Polícia Federal, Ronnie Lessa disse que ele e seu comparsa, Edmilson Macalé, receberiam grande extensão de terra que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão planejavam invadir para lotear a área e vender os lotes.

“A promessa de recompensa materializada pelos irmãos Brazão era a oportunidade que ele precisava para colocar isso em prática, “ diz trecho do documento, referindo-se à chance de Lessa desenvolver uma atividade econômica no comércio da futura região.

Relatorio Polícia Federal Caso Marielle Franco