No Uruguai, onde se encontra nesta quarta-feira, 25, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a chamar de “golpista” o ex-presidente Michel Temer (MDB), aliado do petista nas eleições de 2010 e 2014, quando fez parte como vice-presidente da chapa de Dilma Rousseff (PT), eleita presidente do Brasil.
Ao lado do presidente do Uruguai, Luís Alberto Lacalle Pou, o presidente da República disse que recebeu um país “semidestruído.”
No discurso, em Montevidéu, Lula disse ainda que suas relações com chefes de Estado não têm viés “ideológico”. “Hoje o Brasil tem 33 milhões pessoas passando fome. Significa que quase tudo que fizemos de benefício social no meu país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos, ou em sete anos, nos três do golpista Michel Temer, e quatro, do governo Bolsonaro”, disse após lembrar as boas relações que o Brasil teve com o Uruguai ao longo dos mandatos petistas.
No final do último debate presidencial na TV Globo, no final de outubro, Lula chamou de golpista Michel Temer, a quem indicou para ser o vice de Dilma Rousseff (PT).
Em nota à imprensa, por meio do Twitter, o ex-presidente Temer disse que Lula, “mesmo tendo vencido as eleições para cuidar do futuro do Brasil, parece insistir em manter os pés no palanque e os olhos no retrovisor, agora tentando reescrever a história por meio de narrativas ideológicas.”
“Ao contrário do que ele disse hoje em evento internacional, o país não foi vítima de golpe algum. Foi na verdade aplicada a pena prevista para quem infringe a Constituição,” conclui Temer.