Por Denise Luna, Gabriel Vasconcelos , Rayanderson Guerra e Vinicius Neder
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na manhã desta segunda-feira, 6, no Rio, que os atos golpistas nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro, foram “uma revolta dos ricos que perderam as eleições”. As declarações do petista ocorreram durante a posse de Aloizio Mercadante como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“A gente não sabe até quando a gente vai segurar…”, discursou o presidente. “Porque o que aconteceu no Palácio do Planalto, no Palácio da Alvorada (sic), na Suprema Corte e no tribunal (sic) foi uma revolta dos ricos que perderam as eleições. Foi uma revolta de muita gente rica que não queria perder as eleições. Nós não podemos brincar, porque um dia o povo pobre pode se cansar de ser pobre e pode resolver fazer as coisas mudarem neste país.”
Na mais recente denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra envolvidos nos ataques, na semana passada, foram implicadas 152 pessoas. Ao todo, já foram apresentadas ações contra 653 pessoas na Justiça.
Segundo o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que assina as denúncias, o Quartel-General do Exército apresentava “evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos manifestantes que defendiam a tomada do poder. Além da condenação e prisão, a Procuradoria também pede o pagamento de uma indenização “em razão dos danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados”.