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Maia diz que reforma tributária já tem 320 votos para ser aprovada

Para aprovar proposta de emenda à Constituição são necessários, pelo menos, 308 votos.
Presidene da Cãmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Foto: Divulgação.

Presidente da Câmara tem defendido o texto como prioridade na pauta da recuperação econômica do País; para aprovar uma PEC na Casa são necessários, pelo menos, 308 votos, em dois turnos.

Camila Turtelli, O Estado de S.Paulo

O presidente da CâmaraRodrigo Maia (DEMRJ), acredita já ter apoio suficiente para se aprovar a reforma tributária na Câmara. Segundo ele, já há 320 votos favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45, mesmo sem contar com a ajuda dos partidos da base do governo. Maia tem defendido o texto como prioridade na pauta de recuperação econômica do País.

“Não vamos resolver o problema do Brasil apenas cortando despesas”, disse Maia em entrevista ao Uol. “Precisamos de uma macro reforma que é a tributária”, afirmou.

Para aprovar uma proposta de emenda à Constituição na Câmara são necessários, pelo menos, 308 votos, o que corresponde a três quintos dos deputados, em dois turnos.

A PEC 45 substitui 5 tributos (IPIPISCofinsICMS e ISS) pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A alíquota estimada para não alterar a arrecadação é entre 20% e 25%. A receita é compartilhada entre União, Estados e municípios. A proposta prevê cobrança não cumulativa (quem está no meio da cadeia recebe como crédito o que foi pago pelo fornecedor) e com desoneração de investimentos e exportações. Haveria ainda um tributo federal seletivo sobre cigarros e bebidas.

Segundo Maia, o relator da proposta, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PPPB), deve apresentar seu parecer para partidos e governo nesta semana e, se houver consenso, o texto vai à votação. “Se não tiver [consenso], ficará para o próximo presidente da Câmara pautar, ela estará pronta para votação”, disse.

Pauta prioritária

Maia cobrou do governo uma pauta com os projetos econômicos prioritários para o Executivo para as próximas semanas. “Governo deveria ter começado o dia hoje cedo com uma coletiva para falar qual é a pauta de seu interesse para os próximos dois meses”.