Mais celeridade e foco em pesquisas voltadas para o potencial de RO são desafios do novo presidente da Fapero

Paulo Haddad disse que está tomando pé do orçamento, parte burocrática e condições de trabalho. Foto: Diego Queiroz.
Paulo Haddad na sabatina feita pelos deputados.

Blog da Mara

Paulo Haddad quer resgatar o laboratório de leite, semiacabado; melhorar o orçamento da Fapero será talvez o maior desafio. 

Professor universitário durante mais de 18 anos, consultor do Sebrae e atualmente coordenador técnico da Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), o novo presidente da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e a Pesquisa (Fapero), Paulo Renato Haddad, disse que a expectativa do novo desafio profissional é promover mais celeridade nas ações voltadas ao apoio das potencialidades econômicas de Rondônia, para “fortalecer o desenvolvimento econômico, com geração de emprego e renda” e focar em pesquisas aplicadas aos setores produtivos.

Segundo Paulo Haddad, esta é uma orientação do governador Marcos Rocha, que o conheceu quando ambos ministravam aulas em faculdades de Porto Velho. Eleito, o governador o levou para integrar o corpo técnico da Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri), onde foi diretor executivo.

Paulo Haddad, sabatinado com aprovação unânime pelos deputados estaduais na segunda-feira, 12, está “tomando pé das condições de trabalho, do orçamento e parte burocrática”, e considera que o desafio é estimulante mas nada fácil porque mais recursos são necessários. “Esse é o nosso maior desafio,” diz.

O desenvolvimento de uma pesquisa que pode ser aplicada à produção é citado por Haddad.  “Só para dar um exemplo. Temos  um grande investimento numa baita indústria de urucum do cone sul e não tem produção de urucum que preste. Precisamos, no caso, buscar pesquisadores e desenvolver pesquisa que melhore a qualidade dessa matéria prima, ” diz.

O Blog da Mara quis saber, em correspondência a estas expectativas dadas pelo governador, quais os objetivos que pretende levar à frente da Fapero, penúltima fundação de pesquisa estatal criada no Brasil, em 2011, após longos anos adormecida no artigo 201 da Constituição de Rondônia.

Paulo Renato Haddad irá substituir Leandro Dill na presidência da Fundação. Ele lista algumas tarefas que pretende encaminhar:

  • Trabalhar a prevenção do café, para não acontecer com o café o que acontece com o leite hoje;

  • Lacticínios da agricultura familiar, sobretudo, tem dificuldade grande em cumprir a obrigatoriedade das investigações, os testes de qualidade; temos um laboratório de leite semiacabado em Rondônia, queremos resgatá-lo, será o primeiro da região Norte e o sétimo do país;

  • Alcançar recursos no orçamento para implantar o que chamo de residência agrária; a ideia é colocar os estudantes do IFRO e das EFAs (Escola Família Agricola) em órgãos como a Emater, Idaron e Seagri, em estagio remunerado, apoiando as ações desses organismos ligados ao desenvolvimento do agro; e

  • Aproveitar nossos recursos naturais e fortalecer a bieconomia, um desafio importante.

Atualmente a Fapero, em seu mais recente acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), obteve bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado em áreas prioritárias do conhecimento. Serão formados 95 mestres, dez doutores e 12 pós-doutores e todos serão estimulados a permanecer aqui.