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Manejo florestal de precisão promove desenvolvimento sustentável no Acre

O Modeflora, da Embrapa, é uma tecnologia que fornece informações de alta precisão sobre as áreas manejadas e facilita o planejamento.
Colheita de madeira em sistema de manejo. Foto: Henrique Araújo/Embrapa.

Com mais de quatro décadas de atuação no Acre, a Embrapa disponibilizou uma gama de tecnologias para o desenvolvimento, inovação e sustentabilidade de cadeias produtivas estratégicas para a economia local e regional. Presentes nos alimentos que chegam à mesa das famílias amazônicas, nos produtos da biodiversidade da região, que conquistaram mercados nacionais e internacionais, e na madeira certificada utilizada na construção civil no Brasil e exterior, essas inovações tecnológicas proporcionaram avanços na produção agropecuária e florestal, com conservação ambiental, e ajudaram a gerar trabalho e renda no campo.

A adoção de tecnologias digitais tornou o manejo de florestas mais produtivo e sustentável. O Modelo Digital de Exploração Florestal (Modeflora), disponibilizado há 15 anos, é utilizado em 100% dos planos de manejo do estado do Acre e por empresas florestais de outros estados da Amazônia (Amapá, Roraima, Rondônia, Amazonas e Pará). A tecnologia fornece informações de alta precisão sobre as áreas manejadas, facilita o planejamento, execução e monitoramento das operações de campo e reduz em 31,5% os custos de produção, com baixo impacto ambiental, além de contribuir com o trabalho de fiscalização e controle realizado por órgãos ambientais.

Estudos de impacto mostram que, somente em 2021, o manejo de 40 mil hectares de florestas com uso do Modeflora rendeu uma economia de, aproximadamente, R$ 11 milhões para o setor florestal amazônico. Na fase atual, a ênfase das pesquisas é no desenvolvimento de sistemas avançados que integrem novas tecnologias digitais para melhorar a eficiência do Manejo Florestal 4.0, estratégia de produção florestal baseada na automação, geração, transmissão e tratamento de dados de alta precisão, com foco no aumento da eficiência na atividade.

Às versões iniciais do Modeflora, que integravam o Sistema de Posicionamento Global (GPS), Sistema de Informação Geográfica (SIG) e ferramentas de Sensoriamento Remoto (SR), entre outras tecnologias, somaram-se inovações científicas como o sistema de perfilamento a laser Lidar (Light Detection and Ranging), que permite mapear a floresta em 3D, e drones de última geração. Esses estudos envolvem o treinamento de algoritmos de inteligência artificial para realização de inventários florestais 100% automatizados e identificação de espécies florestais de valor econômico.

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