Blog da Mara
Aliados com o Palácio do Planalto, os senadores Jorginho Mello (PL-SC), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE), acionaram o Supremo Tribunal Federal por meio de mandado de segurança pedindo que a corte retire o senador Renan Calheiros (MDB-AL) da CPI da Covid em razão de suposta ‘suspeição’.
No mandado de segurança protocolado no STF na noite desta terça, 27, os parlamentares vinculam a suposta ‘suspeição’ de Renan ao ‘parentesco sanguíneo com um possível investigado’ – o governador de Alagoas, Renan Filho. A CPI foi proposta com o objetivo de investigar ações e omissões do governo federal na pandemia, mas após pressão do Palácio do Planalto o alvo do colegiado foi ampliado, incluindo a investigação de eventuais desvios de recursos federais enviados a Estados e municípios.
Renan já havia abordado o assunto na sexta-feira, 23, quando avisou pelo Twitter que se declarava ‘parcial’ para tratar qualquer tema na CPI que envolva Alagoas. “Não relatarei ou votarei. Não há sequer indícios quanto ao Estado, mas a minha suspeição antecipada é decisão de foro íntimo”, disse ele.
Além disso, os governistas argumentam que Renan já manifestou ‘posicionamento antecipado contra a presidência da República e sua gerência’ no combate à pandemia da covid-19. Porém, levantamento feito pelo jornal O Estadão mostrou que a maioria dos senadores da CPI acredita que a gestão de Jair Bolsonaro errou na condução da crise sanitária no país, e muitos vinham externando opiniões antes mesmo da CPI instalada.