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Mourão levará embaixadores para conhecer a Amazônia

Governo segue sem plano de desenvolvimento vocacionado para o aproveitamento das riquezas da região.
Vice presidente Hamilton Mourão. Foto: Romério Cunha.

Viagem de 3 dias é vista como uma maneira do governo melhorar sua imagem em relação a Amazônia.

A imprensa noticia nesta segunda-feira,2, que o vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho Nacional da Amazônia, levará embaixadores para conhecer a Amazônia em viagem de 3 dias. Fazem parte do programa, ao menos por enquanto, sobrevôo à região sul do Pará, ao Encontro das Aguas (rios Negro e Solimões, no Amazonas), zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), ambos em Manaus.

A viagem, que deve ocorre esta semana, é uma forma de melhorar a imagem do Brasil perante o exterior em relação a Amazônia.  Depois da cobrança de países europeus por ações para reduzir o desmatamento na região, a viagem de três dias é vista pelo governo como uma oportunidade de “apresenta a Amazônia” aos representantes desses países.

O governo costuma atribuir às criticas, especialmente dos países europeus, ao desconhecimento da realidade brasileira.

“Os embaixadores são principalmente da Europa, que não têm o conhecimento pleno de como a vida na Amazônia prossegue, de como o ribeirinho ganha seu pão diário, e agora terão oportunidade de ver isso com os seus próprios olhos e, a partir daí, tirar suas próprias conclusões”, afirmou Mourão, em entrevista a um programa de rádio produzido pela vice-presidência, segundo informa o jornal  O Estado de São Paulo.

“A iniciativa tem por objetivo mostrar não só à comunidade internacional, mas também à comunidade brasileira, que a nossa Amazônia continua pujante e preservada e que a sua complexidade ambiental e humana não permite entendimento equivocado e genérico da região”, completou o vice-presidente.

Segundo o jornal paulista, devem participar da comitiva chefes de missões diplomáticas da União Europeia, Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Suécia e Alemanha, além de embaixadores do Canadá, África do Sul, Peru e Colômbia, e de representante da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

Devem acompanhar o vice-presidente Mourão cinco ministros: do Meio Ambiente, Ricardo Salles; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; da Agricultura, Tereza Cristina; do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; e de um representante do Ministério da Saúde.

Sem plano

O governo segue sem um plano de desenvolvimento econômico vocacionado para o aproveitamento das riquezas da região amazônica. Em abril, Mourão nomeou em portaria os integrantes de quatro comissões que compõem o Conselho Nacional da Amazônia, uma delas especialmente importante para alavancar o desenvolvimento da região, a Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, coordenada pelo Ministério da Economia. Não se tem notícias se as comissões desenvolvem planos ou projetos.

Governadores

Governos estaduais que representam a Amazônia Legal (9) estão de fora do Conselho, que já existia com sua participação antes do governo Bolsonaro. Na audiência pública promovida pela ministra Rosa Weber, do STF, no final de outubro, sobre o Fundo Amazônia, representantes destes estados pediram a volta dos governadores ao Conselho.