A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 16 pessoas por crimes ligados à falsificação do certificado de vacinação para covid-19. Segundo a PF, ao menos nove pessoas teriam se beneficiado de um esquema montado pelo ajudante de ordens Mauro Cid, incluindo a esposa e três filhas, o presidente e sua filha e o deputado Gutemberg Reis de Oliveira.
A investigação da PF concluiu que partiu do então presidente Jair Bolsonaro a ordem para que o ajudante de ordens promovesse a falsificação no certificado de vacinação contra a covid-19 em nome do mandatário e de sua filha menor.
O ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório da PF após partes do documento terem sido publicados pelo portal G1 no início do dia. Com a conclusão das investigações, o ministro entendeu que não há mais razão para o sigilo.
“Os elementos de prova coletados ao longo da presente investigação são convergen tes em demonstrar que Jair Messias Bolsonaro agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha”, diz o documento.
Bolsonaro sempre negou que tenha tomado a vacina para covid-19. “Não existe adulteração da minha parte, não existe. Eu não tomei a vacina, ponto final”, disse Bolsonaro a jornalistas e maio de 2023, ao comentar as investigações.