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Porto Velho, capital que não prioriza o saneamento básico

Estudo da Abes mostra que em cinco serviços essenciais a capital tem a pior nota entre todas as demais.
Município de Porto Velho, capital de Rondônia.Foto: Divulgação/ Comdecom.

Porto Velho engatinha na universalização do saneamento básico. É a única capital que ainda não tem plano de saneamento básico, e a soma de pontos em cinco serviços avaliados em estudo da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) é pífia: atingiu 137,74 pontos, muito abaixo, mas muito abaixo mesmo, de todas as demais capitais.

Os cinco serviços avaliados são abastecimento de água; coleta de esgoto; tratamento de esgoto; colega de resíduos sólidos e destinação adequada dos resíduos sólidos. Para cada um deles o estudo da  Abes, divulgado na segunda-feira, 17, estabeleceu 100,00 de pontuação. A única capital que praticamente atingiu a pontuação máxima é Curitiba. Conquistou 499,99, única das capitais na categoria “Rumo à Universalização”.

A capital de Rondônia envergonha seus moradores. Está sozinha no grupo das capitais com a categoria “Primeiros passos para a Universalização do Saneamento”, e teve menos pontos  do que Ariquemes, a cerca de 200 quilômetros.

Apenas 85 municípios no país cumprem requisitos de saneamento. Foto: Divulgação/Abes.

A maioria das capitais, 16, está enquadrada na categoria “Empenho para a Universalização”, e outras 9 na categoria “Compromisso com a Universalização”, o que significa existência de planos de saneamento, ações em andamento.

Listada como município de grande porte, do mesmo modo que Porto Velho, Ariquemes totalizou, nos cinco serviços avaliados, 268,59 pontos.

Destaca-se em Ariquemes 100 pontos para a destinação de resíduos sólidos, enquanto Porto Velho teve apenas 0, 20 pontos! O abastecimento de água soma 80,30, enquanto a capital obteve apenas 31,78.

O Ranking Universalização do Saneamento avaliou os serviços de 1.868 municípios, que são os que possuem os dados necessários para serem ranqueados. Os demais 3,7 mil municípios brasileiros sequer possuem essas informações. Os dados divulgados nesta edição do ranking são referentes a 2017.

Apenas 85 municípios do total avaliado cumprem os requisitos de saneamento básico. ]Como se vê, não há prioridade dos municípios para saneamento básico. Velha história, velho problema. O Brasil e Rondônia não cansam de perder oportunidades.

Por aqui, já perdemos milhões em recursos para atender Porto Velho, passando pelos últimos governos estaduais, e todos os gestores, o que obviamente inclui  prefeitos, não foram capazes de dizer em alto e bom som à população o que de fato acontece e que diabos estão fazendo para reverter a situação, que implica em elevado número de internações na rede pública de saúde.

Do jeito que vai, somente uma geração de pelo menos cinco prefeitos comprometidos com saneamento, algo que deveria ser prioridade plena nas plataformas de campanha, é que vai mudar a realidade da capital. E olhe lá.

Mais sobre o estudo da Abes aqui.