O senador Jean Prates (PT-RN), 54 anos, é mesmo o indicado pelo presidente eleito Lula da Silva para presidir a Petrobras, conforme anunciado nesta sexta-feira, 30, pelo parlamentar, mas seu nome precisa de aprovação do conselho da estatal.
Prates era suplente da senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Foi parar no Senado porque ela se elegeu governadora, assumindo em 2019 o governo do Rio Grande do Norte. Ele tem uma atuação de pelo menos 20 anos nas áreas de petróleo, gás e biocombustíveis.
Atuação quase sempre do outro lado do balcão: o das empresas interessadas nas concessões, licitações e eleições da Petrobras. Ele foi consultor e lobista. No Senado, contribuiu com projetos de lei que versam sobre sua área de atuação.
A Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), fundada em 1961, tem restrições ao nome do senador, considerado privatista e que não se opõe publicamente ao Preço Paridade Internacional (PPI), política de preços adotada desde 2016 que segue os preços dolarizados lá fora, encarecendo os combustíveis no Brasil.
Ao longo da campanha contribuiu com propostas para o setor, promovendo encontros especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo com mais de uma centena de agentes de mercado, analistas e gestores de fundos.