Promotores e procuradores de RO apoiam manifesto em defesa da Lava Jato

23 profissionais do Estado assinaram o manifesto que até as 20 horas de sábado reuniu 1148 assinaturas.
Suspeitos e investigados: a lista de Janot com nomes de diferentes partidos sob competência de Edson Fachin no STF. Foto: G1.

Até a noite de sábado (13), 1148 promotores de Justiça e procuradores da República assinaram manifesto de apoio à Operação Lava Jato e repúdio ao comportamento dos ministros Gilmar Mendes e Ricardo  Lewandowski na sessão de julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, retomado na última terça-feira, 9.

Os promotores e procuradores qualificam de “impropérios retóricos’ as ponderações dos magistrados sobre o trabalho dos procuradores que atuaram na investigação, que para Gilmar Mendes se trata do “maior escândalo judicial da história.”

De Rondônia, 23 profissionais assinaram o manifesto cujas assinaturas segundo o Estado de São Paulo foram colhidas em 48 horas.  São os seguintes promotores de Justiça do Estado que subscreveram o documento:

Ademir José de Sá; Ana Lia de Miranda (promotora de Justiça aposentada); Analice Silva; André Luis Rocha de Almeida; Átila da Silva Sales; Diogo Borghossian Soares da Rocha; Edilberto Tabalipa; Eiko Daniel Vieira; Evandro Araújo Oliveira; Everson Antonio Pini; Geraldo Henrique Ramos Guimarães; Jeferson Marques Costa; Joice Gushy Mota; Leandro da Costa Pandolfo; Marcília Ferreira da Cunha; Pablo Hernandez Viscardi; Pedro Wagner Almeida Pereira Junior; Plínio Carneiro; Renato Grieco Puppio e Rubens Sanchez Filho.

Subscrevem também o documento os procuradores de Justiça Homero Scheidt (aposentado); Lucio Teixeira Leite Balbi e Osvaldo Luiz de Araújo.

Operações anuladas

O manifesto lembra que ao longo dos últimos 20 anos ‘diferentes operações conduzidas por órgãos responsáveis pelo combate à corrupção são, em determinado momento, anuladas pelos Tribunais Superiores’, e agora o ‘mesmo destino recaiu sobre parte da Operação Lava Jato’.

Eles citam ter tido este destino a “Operação Diamante”, “Operação Chacal”, “Operação Sundown/Banestado”, “Operação Boi Barrica/Faktor”, “Operação Dilúvio”, “Operação Suiça”, “Operação Castelo de Areia” e “Operação Poseidon”. Em muitos casos, anuladas por erros em procedimentos formais, não pela falta de provas, lembra o manifesto.

“Por mais que se queira, por motivos diversos, desconstruir o trabalho desenvolvido na operação, jamais conseguirão apagar da consciência coletiva os resultados das investigações,” anota o manifesto.

A mobilização partiu de um grupo de promotores de Justiça do Ministério Público de São Paulo, inconformados com o desmantelamento em série nos Tribunais Superiores de operações de larga extensão deflagradas pela instituição nos últimos seis anos contra políticos e empresários envolvidos em desvios e fraudes contra o Tesouro.

Leia a íntegra do manifesto aqui.