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Região teve a maior taxa de desmatamento dos últimos 10 anos para abril

A derrubada ocorreu principalmente nos estados do Pará, (32%) em Mato Grosso (26%), Rondônia (19%) e no Amazonas (18%).

Blog da Mara

O Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou, na terça-feira, 18, que a Amazônia teve a maior taxa de desmatamento dos últimos dez anos para o mês de abril, um aumento de 171% em relação à abril de 2019.

A conclusão tem por base o sistema de monitoramento desenvolvimento pela organização não governamental – Sistema de Alerta de Desmate (SAD).  A área destruída, 529 quilômetros quadrados, é maior que a da cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.

A derrubada ocorreu principalmente nos estados do Pará, (32%) em Mato Grosso (26%), Rondônia (19%) e no Amazonas (18%). A maior parte do desmatamento foi em áreas privadas ou em estágio de posse.

As unidades de conservação, assentamentos e terras indígenas também foram atingidas pelo corte da floresta.

Segundo o Imazon, muitas derrubadas podem estar sendo realizadas por supostos proprietários que fizeram o Cadastro Ambiental Rural. O CAR é um documento autodeclaratório com informações sobre área e tipo de atividade rural. Mas não é um título de terra e precisa de validação dos órgãos ambientais e de regularização fundiária.

De acordo com o pesquisador Carlos Souza, existem cadastros, por exemplo, em áreas não autorizadas, como terras indígenas e unidades de conservação, o que é considerado grilagem. “95% desses alertas que são gerados por vários sistemas no Brasil não têm autorização. Então, não basta estar apenas cadastrado no CAR. De alguma forma, ele tem servido para uma tentativa de legalizar… Primeiro ocupar áreas públicas e tentar legalizar a titulação dessas áreas”, explica.

Segundo ambientalistas, as terras indígenas Raposa Serra do Sol e Yanomami, entre Roraima e Amazonas, são alvo de garimpeiros ilegais. Nas duas regiões, há 44 casos confirmados da Covid-19, e duas mortes, segundo relatório do Ministério da Saúde.

A Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia afirmou que iniciou a segunda fase da Operação Verde Brasil em parceria com o Exército pra combater queimadas e crimes ambientais.