Pesquisar
Close this search box.

Instituto mapeia 451 blocos de petroleo em estudo ou concessão na Amazonia

Arayara, de Curitiba, faz campanha contra a exploração de petroleo pelo Brasil; entidade lançou hoje o Monitor da Amazonia Livre de Petroleo e Gás.
A Petrobras é impedida todo dia pelas ONGs de gerar riqueza para o país.Foto:Fernando Frazão/ABr.

Blog e informações do Arayara

A Amazônia brasileira tem 451 blocos de petróleo nas categorias em estudo, oferta e concessão. Eles representam 52% do total de 871 blocos na região dos países amazônicos, que reúne um total de 3.038 projetos de exploração de petróleo.

A maior parte desses blocos, 78%, ainda está em estudo ou oferta, representando um avanço da indústria de combustível fóssil nessa região.

As informações são do Monitor da Amazônia Livre de Petróleo e Gás, uma ferramenta lançada nesta segunda-feira, 23, pelo Instituto Internacional Arayara, uma Organização da Sociedade Civi (OSC) situada em Curitiba, capital do Paraná.

Interativa, a ferramenta permite gerar mapas e planilhas, ao cruzar rapidamente dados sobre país, empresa, fase exploratória, além de informações sobre terras protegidas, como terras indígenas e quilombolas.

Camha contra o governo do Brasil. Foto: Instituto Arayara.

Além da causa que o próprio nome do Monitor explicita, na página do Arayara há uma campanha contra a exploração de combustível fóssil (petróleo) no mar pelo governo brasileiro. Que aliás joga na atmosfera uma insignificante parcela de gás carbônico. O Instituto  critica a exitencia de 21 blocos na Amazonia que podem ser explorados em pouco tempo.

Não há registro da mesma campanha contra outros governos, extremamente poluentes, esses sim que deveriam cumprir com a Agenda de Paris, pelo Clima, mas a abandonaram de verdade. E estão licitando vários blocos de petróleo. São o caso, por exemplo, da Noruega e Inglaterra.

Os blocos da Amazonia brasileira se localizam onshore e offshore, com casos sensíveis em cada área, a exemplo de Azulão e Foz do Amazonas, respectivamente.

Pelo menos 13 blocos na Margem Equatorial foram leiloados, ainda no governo Dilma Rousseff pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e até agora não se consegue licença ambiental para o bloco FZA-M-59, encampado pela Petrobras, que pretende fazer uma perfuração a quase 180 quilômetros da costa de Oiapoque (AP) para inclusive constatar o potencial de produção.

Com a ferramenta, todas as informações sobre petróleo e gás da região amazônica do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela serão facilmente acessadas por qualquer pessoa.

O monitor foi desenvolvido pelo Instituto Internacional Arayara com apoio do Observatório do Clima, Coalizão Energia Limpa, Coalizão Não Fracking Brasil pela Água, Clima e Vida – Coesus, Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Observatório do Petróleo e Gás, dentre outros.

Segundo o Arayara, a desconexão das informações em diferentes plataformas dificultava análises de contexto e risco da exploração de petróleo e gás. A iniciativa, afirma, é pioneira em formular comparativos das áreas florestal e costeira da chamada Pan-Amazônia. A entidade diz que a atualização será periódica.

Depois do Brasil, a Bolívia assume a segunda posição do ranking, com 129 blocos (14,81%), seguida da Colômbia, na terceira posição, com 104 blocos (11,94%). Maior quantidade de blocos, entretanto, não implica maior produção.